segunda-feira, 8 de abril de 2013

O casamento Bíblico Benção Divina


por Eduardo Deboni
O casamento aos moldes bíblicos vai muito além da união emocional e da junção de corpos, é um compromisso moral e legal, que transcende à esfera espiritual. Para compreender o quanto é significativo aos cristãos a tradição do casamento, é necessário investir algum tempo em estudo bíblico. Por desinteresse em saber qual é a vontade divina para o homem e a mulher é que há nos dias atuais na sociedade pós-moderna tantos casos de infidelidade conjugal, desentendimentos dentro de lares e um grande número de divórcios. A falta de conhecimento da Palavra de Deus leva o povo à destruição (Oséias 4.6; 1 Corintios 7.3-5).

Um príncipe encantado para a princesa

O noivo próximo ao altar. O templo decorado de maneira impecável especialmente para a
cerimônia. A entrada de uma bela garotinha, a caminhar sobre um tapete vermelho no corredor central, segurando delicadamente com luvas brancas um vaso de pétalas onda está o par de alianças, causam a admiração dos convidados; a marcha nupcial e a noiva ao entrar com um lindo vestido branco acompanhada de seu pai vestido com roupa de gala causam admiração ainda maior de todos. Os nubentes ouvem o pastor falar sobre o que representa a união matrimonial, estimula os dois a trocarem juras de fidelidade e amor eterno um ao outro, solicita que coloquem anéis na mão esquerda um do outro, a beijarem-se, e depois permite que saiam com braços entrelaçados pelo corredor da igreja, enquanto todos os olhares e flashes de câmeras fotográficas e câmeras de filmagem estão sobre eles. Esta é a cena que nove entre dez jovens garotas sonham viver um dia, e acreditam que após vivenciá-las serão feliz para sempre.

Mas será que apenas esse evento representa o casamento como Deus idealizou? A Bíblia não apresenta padrão ou ordem cerimonial específica referente ao casamento, mas sem dúvida toda pompa e circunstância cerimonial lembra o grau de importância que é a união de um homem com uma mulher aos olhos do Criador de todas as coisas. Porém, há muito mais que isso.

O principal objetivo da cerimônia de casamento deve ser deixar claro aos convidados presentes, e indiretamente para todas as pessoas ausentes, que os noivos estão compromissados mais seriamente um com o outro, realizaram um pacto solene diante de Deus de união a dois por toda a vida e em todas as circunstâncias. É um importantíssimo testemunho cristão para a sociedade secular. Se houver no coração dos noivos mais do que a mera afiliação religiosa, houver compromisso real com Deus, então, com certeza a aliança de ambos será também na esfera espiritual e Deus os manterá em nível de sucesso conjugal, bem distantes das taxas de infelicidade e divórcio que tem sido uma constante entre casais seculares. A genuína fé em Cristo salva o cristão de sofrer muitos males (Mateus 6.13; Hebreus 13.4).

Projeto: felicidade a dois 

Gênesis 2.18, 21-24 é uma das mais importantes referências-chave sobre o matrimônio aos moldes bíblicos, aliás é a descrição do primeiro casamento. Neste texto vemos que o casamento tem a ver com intimidade e companheirismo mútuo. O trecho revela que o Criador observou Adão solitário e constatou que a solidão não era boa para ele, então providenciou uma companhia idônea, que veio a ser Eva, feita por Deus a partir da costela do homem enquanto este dormia em sono profundo. Neste relato sobre a união matrimonial, o Senhor apresentou as diretrizes à felicidade ao determinar que o marido e a esposa vivessem juntos, um em função do outro, e que tal relação se mantivesse independente da relação de seus pais.

Felicidade e santidade 
A Bíblia dá a definição com clareza daquilo que deve ser incluído na vida a dois. Deus criou o casamento porque, entre outros motivos, a união conjugal é um instrumento para manter o homem e a mulher em santificação, mantê-los separados da imoralidade sexual que há no mundo.

Salvo um lápso de memória, todas as vezes que li sobre casamento, sempre encontrei em 1 Coríntios 7.27 ("Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher.") uma interpretação que nos leva para a questão de celibato ser melhor do que estar casado. Mas, "não procurar mulher" neste trecho, considerando como contexto os versículos 1 ao 7 do mesmo capítulo, também poderia ser uma recomendação para não praticar sexo fora do laço matrimonial, pois a ação é pecado de fornicação, prostituição, isto é, tal junção carnal aos olhos de Deus é ato imoral.

A incontinência da mulher samaritana
  
Junto ao poço de Jacó, Jesus Cristo dialogou em particular com uma mulher, e revelou o seu parecer sobre a importância da instituição casamento. De acordo com a fé judaica, não bastava que um homem convivesse com uma mulher em união sexual para que eles fossem considerados esposo e esposa. E tal conceito se estende ao cristianismo. O respeito ao casamento do próximo deve ser praticado: Romanos 13.9; 1 Corintios 6.10; Apocalipse 21.8. 

"Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade." -  João 4.16-18.  

Relacionamento conjugal

O marido que é verdadeiramente discípulo de Cristo, permanece na Palavra, reconhece sem resistência que precisa ser acompanhado por toda a vida pela esposa - descrita por Deus como mulher idônea. Aceita a informação bíblica, sem problema de orgulho, que ela é a pessoa eleita pelo Criador para ser a sua ajudadora, pois não tem competência para viver desacompanhado. Convive com ela como a única parceira íntima. Ele sabe que o homem que encontra uma mulher que o ama alcançou o favor divino. Vide: João 8.31; Gênesis 2.18; Provérbios 18.20.

A relação do homem com a mulher ilustra a relação entre Cristo e a Igreja. A esposa foi criada para ser amada pelo marido. O marido deve praticar o grande amor que Cristo praticou em favor da Igreja, quando deu sua vida em favor dela. Ao marido está ordenado que ame sua esposa no estilo do amor mais profundo que é o amor sacrificial, de proteção com a própria vida. Deus ordena ao homem que dê para a companheira um abraço de total segurança. A mulher sábia valoriza a proteção do marido, reconhece que seu esposo é servo do Senhor neste detalhe de proteção, apenas as tolas são capazes de destruir um casamento em que é querida por um esposo tão amoroso (Efésios 5.23-32; Provérbios 14.1).

Quando, com amor sacrificial, o marido mantém sua atenção para a mulher e ela reconhece isso e se submete ao marido conforme as Escrituras Sagradas recomendam, então, o resultado é uma relação em santidade e, além disso, com muita felicidade.

As Escrituras Sagradas projetam o plano divino do casamento de maneira muito expandida, podemos dizer que é uma proposta poética do Criador para suas criaturas.


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E.A.G.
Fonte: Belverede.
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